CIDADE NÃO TEM CASOS CONFIRMADOS DE CORONAVÍRUS

Publicado terça, 14 de abril de 2020

Lucinéia Vieira

Há um mês, Guaxupé notificava o primeiro caso suspeito de coronavírus. Hoje, dia 14 de abril, já são 509 pessoas atendidas pelo PSF Aviação, com 131 casos suspeitos sendo investigados, 32 exames deram negativo, e há dois casos de pessoas internadas sem confirmação. Dois óbitos considerados suspeitos foram descartados essa semana. Nenhum caso notificado como suspeito foi confirmado. 

Em Minas Gerais, são 884 casos confirmados de coronavírus com 27 óbitos também confirmados pela doença, e 60 óbitos em investigação. O primeiro caso notificado em Minas Gerais aconteceu em 8 de março.

Até o momento, no Brasil, foram confirmados 25.262 casos de coronavírus, 1.532 óbitos e, 14.026 pacientes recuperados. O primeiro caso notificado no país aconteceu em 26 de fevereiro.

De acordo com a plataforma https://covid.saude.gov.br/ o Sudeste é a região que mais se concentra os casos confirmados: 14.128. Em seguida vem o Nordeste, com 5.213 casos; Norte com 2.316; Sul com 2.317 e o Centro-Oeste com 1188 casos de coronavírus.

Segundo o Ministro da Saúde, o país ainda não alcançou o pico do contágio da doença e tem sido de extrema importância a continuidade do isolamento social nas cidades. A preocupação do ministério é da sobrecarga de internações na rede hospitalar brasileira e a facilidade do contágio entre as pessoas.

O Ministério da Saúde está apoiando uma pesquisa liderada pelo Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) que irá medir o nível de imunização da população brasileira ao coronavírus. A ideia é identificar de que forma o vírus está se propagando em todo o Brasil. Com o resultado do estudo será possível criar políticas públicas mais eficientes e baseadas em critérios científicos sobre o comportamento do coronavírus no território brasileiro.

Também teve início nessa semana o Censo Hospitalar nos 26 estados e Distrito Federal, o registro obrigatório de internações hospitalares dos casos suspeitos e confirmados de coronavírus, nos estabelecimentos de saúde públicos e privados. O objetivo é monitorar a taxa de ocupação dos leitos SUS disponíveis para pacientes com COVID-19, avaliar o consumo dos leitos da rede assistencial e a média de permanência dos usuários para auxiliar nas medidas de apoio às gestões locais no enfrentamento da doença. A partir da próxima semana deverá sair o primeiro balanço.

DIVERGÊNCIAS

O coronavírus pegou os brasileiros de surpresa e pela primeira vez depois da gripe espanhola, há 102 anos, vivemos em isolamento social e com muitas incertezas, principalmente pela economia.

O Ministério da Saúde vem seguindo as orientações da OMS-Organização Mundial de Saúde e algumas ações têm causado divergência entre políticos, justiça, medicina e população.

A verdade é que para todo o mundo, o coronavírus ainda é uma incógnita.

Apesar dos rumores, nenhum medicamento ou vacina foi totalmente aprovado para a utilização. Testes estão sendo realizados pelo mundo afora. Pesquisadores e cientistas estão atrás de uma solução o quanto antes.

A economia do mundo está abalada. Mesmo as grandes potências financeiras estão sendo atingidas pela crise do covid-19.

Empresas brasileiras estão demitindo, apesar do governo tentar brecar com algumas ações.

Os números de contágios no Brasil são divergentes e pela alteração exigida pelo Ministério Público ao protocolo de atendimento, os exames são realizados apenas nos casos que apresentam grande suspeita da doença. Já foi também divulgado, que algumas pessoas contaminadas não apresentam sintomas e dessa forma, o risco de contágio a outras tantas é enorme.

A única solução preventiva apresentada pela OMS é o isolamento social, comprovado pelos números de casos registrados pelos países que adotaram essa ação.

COLUNISTA