Publicado quinta, 25 de fevereiro de 2021
Trabalhei na empresa da família por quase 30 anos. Comecei a ajudar na produção, depois no atendimento, na parte administrativa, na redação e por fim terminei como proprietária absoluta. A empresa era praticamente duas: gráfica e jornal. Com duas equipes diferenciadas e vários funcionários. Produção e Prestação de Serviço!
Nesse meio tempo, tudo o que aprendi foi na prática. Cada um dos funcionários que passou pela empresa deixou um pouco de aprendizado. A maioria era bem mais velha do que eu. E eu observava e aprendia o máximo que podia.
A área administrativa me chamava a atenção principalmente por eu ser bem detalhista e gostar de tuuudooo certinho: arquivos contábeis, fechamento de caixa, documentação em dia, reconciliação bancária perfeita, etc. Tanto é que quando arrumei meu primeiro emprego fora, de atendente passei a auxiliar administrativo em menos de um mês. Depois, em mais uns três meses, meu setor da qual eu era responsável única, estava com tudo em dia, e sobrava tempo. E aí observando que dali não passaria para outro cargo, desanimei e pedi as contas. Era uma empresa de uma dupla musical famosa, da qual os familiares eram os responsáveis, e que qualquer pessoa gostaria de trabalhar. Menos eu!
Então voltei para a empresa da minha família com promessa de fazer grandes mudanças...
Durante o tempo que administrei a empresa foi necessário admitir e demitir funcionários. Ahh que coisa mais difícil.
Como aqui é uma cidade pequena onde até hoje não se tem o hábito de contratar funcionários através de agências de emprego, a seleção era feita pela própria empresa.
Acho que todo empresário já passou por isso, de ter ele mesmo que escolher e avaliar candidatos. E aí erramos, acertamos, jogamos com a sorte.
Eu por exemplo tenho uma intuição muito boa e algumas vezes me deixava guiar por ela. Graças a Deus acertei mais do que errei.
Hoje, depois de fechar a empresa há quase 4 anos e trabalhar há quase 2 por contrato, me vejo procurando emprego, mas escolhendo a empresa onde gostaria de trabalhar.
E como sou muito observadora, concluo que é de suma importância que as empresas que têm alta rotatividade de funcionários analisem o que realmente acontece no ambiente de trabalho porque trabalhadores também escolhem onde querem exercer sua profissão.
A gente lê os requisitos das vagas, os benefícios que oferecem, mas se a ‘fama’ do lugar não for boa...passa pra frente!
Assim como há as ‘fofocas’ dos maus funcionários, existe também sobre as más empresas: ambientes poluídos, equipes desmotivadas, promessas não cumpridas, etc.
Eu olho as vagas, pesquiso sobre a empresa nas redes sociais, leio comentários, e se me interessar, mesmo que o salário não seja o que gostaria, me candidato.
E você empresário, se hoje tivesse que se candidatar a uma vaga de emprego, o que mais lhe atrairia ou desmotivaria?