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DESVAIRADO ABUSO

Publicado terça, 20 de outubro de 2020





Perde sempre o juízo todo profissional, em toda ocasião que, em vez de cuidar, passa a abusar.

Os abusos sexuais por esses criminosos são sempre justificados por eles mesmos, fazendo mal uso de uma verdade. Usam uma verdade irrefutável e a tornam uma mentira deplorável; transformam a verdade em isca de sedução, para depois cometer o crime.

Qual é a verdade?

A verdade é: O ser humano precisa de contato de pele com pele.

Qual é o mau uso dessa verdade?

O mau uso acontece quando o profissional se apresenta enquanto agente ativo das carícias em seus pacientes, alunos, discípulos ou clientes. Aqui está o crime. Aqui se consuma o abuso, a covardia. O profissional aqui passa a ser um cretino. Gera confusão na mente e no coração da pessoa abusada.

Quem pode fazer carinho na criança são os pais da criança.

Quem tem que fazer massagem e carícias na esposa é o marido; quem tem que fazer carícias e massagem no marido é a esposa.

Carinho, carícias, cafuné, massagem são intimidades respaldadas na convivência familiar, matrimonial, cujo valor substancial é o respeito, é a noção de limites. Sim, porque se essas práticas não seguirem tais valores de convivência e vínculo saudável na família, o ato passa a ser abuso e crime também, dentro de casa.

Quando há verdadeiramente respeito e ternura dentro de casa, quando a ética em família é a ética do saber cuidar, cultivada no dia a dia, com sacralidade, a pessoa nem precisa buscar afeto fora do lar, não sente necessidade, porque já tem dentro, dentro de casa. Mas, por algum motivo circunstancial qualquer, a pessoa poderá buscar um modo de orientação fora, e vai na intenção de ser respeitada, valorizada na sua integridade psíquica e corporal.

Daí o alerta se faz necessário: Não é o terapeuta, nem o sacerdote, nem o professor, sejam eles de qual especialidade for, que irão dar apertões, mordidas, beijinhos, abraços de urso, ficar pegando na mão, acariciando suas mãos maliciosas no pescoço, passando para os braços da cliente, da fiel ou da aluna, deslizando essas mãos criminosas em direção às mamas, chegando até as coxas e depois aos genitais.

Não se deve confundir liberdade com permissividade.

A liberdade se edifica a partir do respeito.

Já a permissividade pretende destruir os alicerces dos bons costumes.

Vemos abusos assim cometidos por alguns “gurus” da ciência, das terapias, da religião, das artes, do esporte, da educação. Esses “gurus” são tão bajulados, venerados e até idolatrados por seus clientes, alunos ou fiéis, que se sentem com poderes superiores, com autoridade para aliciar e posteriormente abusar. Mas são criminosos e devem ser punidos.

Nunca se esqueça: Seu corpo é território sagrado! Sua alma é território sagrado! Sua história é sagrada... Ser humano tem dignidade. Nem corpo nem alma podem ser violados. Não aceite que façam isso com você.

E vocês pais de bom juízo, alertem seus filhos! Orientem, dialoguem... Proteja-os.

 

Rodrigo Fernando Ribeiro

Psicólogo – CRP-04/26033


COLUNISTA
Rodrigo Fernando Ribeiro
Psicólogo - CRP-04/26033
(Contato: 35 9 8875-5030)


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