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O QUE DE FATO AFETA A CIDADE?

Publicado terça, 04 de fevereiro de 2020





É preciso separar o joio do trigo, ou seja, separar as promessas mirabolantes das propostas realizáveis.

 

Estamos em 2020.

Embora muitos políticos ainda não tenham saído de 2018 e muitos estejam vivendo para 2022, nesse ano, eleitores dos 5570 municípios brasileiros escolherão seus prefeitos e prefeitas*, vereadores e vereadoras* e é fundamental que tenhamos consciência da importância dessas escolhas, pois o que acontece nos municípios é o que afeta diretamente a vida de seus cidadãos.

Nesse sentido, acompanho o pensamento do Professor Gabriel Azevedo**:

(…) a vida das pessoas, a melhoria do nível educacional, do atendimento à saúde, as questões de mobilidade e sustentabilidade, tudo é decidido e executado em nível municipal. Portanto, nossa primeira preocupação deve ser escolher bem quem vai administrar e legislar na cidade em que vivemos.

De acordo com o Calendário Eleitoral 2020, no dia 16 de agosto passa a ser permitida a propaganda eleitoral, momento em que serão apresentados oficialmente todos os candidatos e suas propostas para conduzir a cidade nos próximos 04 anos.

Há um texto que circula pela internet que expressa, de forma resumida e bem humorada, o sentimento de uma considerável (bem considerável) parte da população em relação às campanhas eleitorais:

Vai começar a temporada de caça ao pobre. Pega o pobre, beija o pobre, abraça o pobre, tira foto com o pobre, vai na casa do pobre, faz reunião com o pobre, escuta o pobre, promete coisa pro pobre, depois nem conhece o pobre!

Nosso país vive um momento em que é necessário abandonar essa relação eleitor- candidato de promessas mirabolantes e decepções eleitorais. Tudo bem que cada candidato faça sua campanha como achar melhor. Mas eleitor, não seja passivo!

É preciso que você abandone as promessas, os abraços, as fotos, os tapinhas nas costas e os sorrisos de comercial de margarina. É fundamental que você foque nas propostas dos candidatos e na viabilidade de que elas se tornem ações concretas. Quer um exemplo? Se um candidato a prefeito apresentar uma proposta de construir novas creches ou unidades de saúde, questione: quando? onde? em quanto tempo? com quais recursos? Se a proposta do candidato a vereador for construir novas creches ou unidades de saúde, ensine-o: a função do vereador é legislar e fiscalizar. VEREADOR NÃO REALIZA OBRAS, no máximo faz indicações que estejam de acordo com as necessidades da população.

E como saber quais as melhores propostas? Isso logicamente depende da sua visão de uma boa cidade para se viver e de seus anseios, mas sugiro voltar texto do Professor Gabriel:

O que o candidato a Prefeito pretende fazer para melhorar a qualidade do Ensino Básico, da Saúde Básica? Quais suas propostas para a sustentabilidade? O que será feito na infraestrutura? Como resolver o problema de saneamento básico? Quais as propostas para a geração de empregos? Lazer? Cultura? Habitação? MO-BI-LI-DA-DE? Quais as propostas para o executivo e como as colocará em prática?

E como os candidatos a vereadores pretendem fiscalizar as ações do Prefeito eleito e quais são as suas propostas para projetos legislativos?

Tenha sempre em mente: prefeito → executivo → administra a cidade; vereador → legislativo → elabora leis e fiscaliza as ações do executivo. Quaisquer propostas que fujam disso são meros trololós ou malabarismos verbais.

Mas sobre isso, pretendo escrever outro dia.

*espero que 2020 tenha um número recorde de prefeitas e vereadoras eleitas.
** Gabriel Azevedo é Mestre em Direito, Professor de Direito Constitucional e vereador na cidade de Belo Horizonte.

Gisele Bileia

Mineira de Guaxupé/MG. Mãe da Lizzie. Webdesigner — Professora — Estudante de Política — Formada pelo @renovabr

 


COLUNISTA


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