Atuação dos agentes municipais de trânsito é questionada na Câmara Municipal

Publicado quarta, 25 de setembro de 2019

Embora a pauta da 13ª sessão ordinária da Câmara Municipal, ocorrida na última segunda-feira, 23, fosse extensa, com projetos de lei de extrema relevância como o plano diretor e mais sete interligados ao mesmo, as discussões dos vereadores se limitaram a problemas de ordem administrativa que supostamente a cidade estaria vivenciando.

Paulinho Beltrão

O vereador denunciou que a população local deixou de ser abastecida com água tratada nos últimos dias 14 e 15 de setembro. Segundo o vereador, em virtude das obras que estão sendo realizadas nas pontes do “Taboão”, a rede de água bruta teria sido danificada, fazendo com que o bombeamento tivesse que ser interrompido. Ele alegou que a Copasa não dispunha, em Guaxupé, de material necessário para substituição do avariado no acidente, sendo necessário se recorrer ao depósito regional da empresa, em São Sebastião do Paraíso. No entendimento dele, a falta de material de reposição no almoxarifado local da empresa se caracteriza num verdadeiro “descaso” para com a população.

Paulinho alegou que, supostamente, agentes de trânsito, recentemente contratados pela administração municipal, estariam aplicando multas, deixando de usar de “bom senso”. Ele acredita que antes de multar, a nova Divisão Municipal de Trânsito deveria promover uma campanha educativa de orientação, antes de aplicar as infrações.

Luzia Angelini

Luzia também falou a respeito da suposta atuação dos agentes de trânsito. Para ela a população teria sido pega de “surpresa” com esta fiscalização, uma vez que os valores arrecadados com as multas serão destinados aos cofres públicos. A vereadora mencionou que, supostamente, os agentes de trânsito estariam fotografando e multando veículos que param nas esquinas onde existem faixas de pedestres.

Segundo ela, para que o motorista tenha visão ao cruzar vias públicas, onde não existem semáforos, não há outra opção que não seja parar na faixa de pedestres.

Luzia também lembrou que no último dia 15 completaram-se 180 anos da efetiva participação da Igreja Católica Apostólica Romana em Guaxupé.

Maria José

Para a vereadora Maria José Cyrino, a cada dia, os serviços prestados pela Copasa vêm revoltando a população. Ela considerou o último episódio envolvendo a empresa como “desastroso” e que não mais existe desculpa para os constantes desabastecimentos de água na cidade.

Com relação à suposta atuação dos agentes municipais de trânsito, ela alegou que precisa haver “ponderação”, evitando-se que as autuações se tornem uma verdadeira “indústria de multas”. Finalizando, declarou que “bom senso cabe em qualquer lugar”.

Jorginho

Para Jorginho a administração municipal precisa informar quanto está sendo gasto com a poda das árvores localizadas nas vias públicas. No entendimento dele, para a realização dos serviços, deveria ser feito um estudo técnico especializado prévio. Na concepção de Jorginho, a poda das árvores está sendo feita de forma “agressiva”, e muito questionada por especialistas. Ele denunciou que a atual administração é a que mais tem “cortado” árvores.

Outra denúncia do vereador é com relação ao prédio onde recentemente foi transferida a Delegacia de Polícia Civil. Segundo ele, o sistema de informática não está funcionando naquela unidade, está “emperrado” e que o problema de internet do prédio deveria ter sido solucionado antes que a Delegacia ali se instalasse.

Para Jorginho, a inauguração oficial do prédio sem o funcionamento do sistema informatizado se caracteriza numa verdadeira “gambiarra”.

O vereador também exibiu um documento que, segundo ele, teria assinatura de seis vereadores requerendo a abertura de uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar supostas irregularidades no sistema de iluminação dos trevos de acesso à cidade.

Em tom taxativo ele mencionou que, no passado, já havia sido requerido investigações do Ministério Público Estadual, porém o “promotor de justiça teria sido induzido a erro”, tendo o mesmo promovido o arquivamento.

Ari Cardoso

O vereador Ari Cardoso também falou que o corte das árvores está sendo alvo de descontentamento de boa parte da população. Ele exibiu fotos antigas das árvores localizadas no canteiro central da Avenida Dona Floriana, quando as mesmas se encontravam floridas. Em contrapartida exibiu fotos com as árvores podadas.

No entendimento dele, a poda das árvores precisa ser investigada por um órgão especializado como o IEF, Instituto Estadual de Florestas.

Ele também cobrou a instalação da UPA, Unidade de Pronto Atendimento; a entrega de casas populares que estão sendo construídas em terras da antiga Fazenda Bom Jardim; além do término das obras do sistema de tratamento de esgotos.