Publicado domingo, 14 de julho de 2019
Dom Inácio João Dal Monte nasceu em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, em 28 de agosto de 1897, filho de Luiz Dal Monte e Ângela Guglielmini. Órfão de pai ainda muito cedo, mudou-se com sua mãe para a Itália. Ali ingressou na Ordem dos Capuchinhos, a 15 de setembro de 1912, com apenas 15 anos de idade. Interrompeu seus estudos para servir como soldado do exército italiano, na Primeira Guerra Mundial.
Terminada a Guerra, continuou seus estudos, doutorando-se em Direito Cônico, na Faculdade Pontifícia do patriarcado de Veneza. Foi ordenado sacerdote em 5 de abril de 1924, em cerimônia presidida pelo Cardeal Dom Pedro La Fontaine.
Vindo para o Brasil, exerceu o sacerdócio em diversas casas da Ordem dos Capuchinhos, no sul do país. Foi vigário em Santo Antônio da Platina, no Estado do Paraná e por duas vezes eleito superior Provincial de sua ordem no Brasil.
Em 15 de março de 1949 Dom Inácio foi eleito Bispo Titular de Agbia e Coadjutor do Bispo de Joinville, com direito a sucessão, sendo sagrado em sua paróquia de Santo Antônio da Platina, em 29 de maio de 1949. Trabalhou em Joinville durante três anos, até que foi eleito, em 21 de maio de 1952, como bispo diocesano de Guaxupé. Em 8 de setembro de 1952 tomou posse na Diocese de Guaxupé, como quinto bispo, sucedendo a Dom Hugo Bressane de Araújo.
Ele exerceu o episcopado em Guaxupé durante 10 anos e meio, santificando, ensinando e regendo o seu rebanho com muito amor e com dedicação total à Santa Madre Igreja. Durante a sua presença na Diocese de Guaxupé, Dom Inácio foi sempre o Bispo solícito, que toda a Diocese se habituou a conhecer e a amar, vivendo integralmente o lema de seu episcopado “Saiu o Semeador a Semear”. O púlpito e o confessionário foram os lugares preferidos de seu pastoreio. Seu exemplo não se apagará, sua figura patriarcal e simples, cheia de bondade e candura, sempre suave, ficará na lembrança de cada um de seus diocesanos. Sua vida será sempre exemplo para quantos o conheceram e souberam que conviveram com um santo.
Faleceu em Guaxupé a 29 de maio de 1963, dia em que completava exatos 24 anos de sagração episcopal. Foi sepultado na cripta da Catedral de Guaxupé, no dia 31 de maio de 1963.