Publicado quarta, 01 de outubro de 2025
Everson Lucas dos Santos foi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira Camila Sarrassini Goulart, de 35 anos. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (30), no Fórum de Guaxupé, e durou cerca de oito horas.
O crime aconteceu em 13 de novembro de 2023, na residência da vítima, localizada no bairro Jardim São Domingos. Segundo as investigações, Santos, então com 32 anos, invadiu a casa após pular o muro, pegou uma faca na cozinha e desferiu seis golpes no pescoço de Camila. A perícia concluiu que ela não teve chance de defesa e possivelmente estava dormindo no momento do ataque.
O Conselho de Sentença reconheceu as três qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público: motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
Durante o julgamento, investigadores da Polícia Civil reforçaram a tese de que não houve luta corporal. Vestígios de sangue espalhados pela casa e a faca lavada no escorredor sustentaram a acusação de que o crime foi premeditado e executado de forma repentina.
O promotor de Justiça, Dr. Thales Cequeira, apontou que a motivação do crime foi a recusa de Camila em reatar o relacionamento, encerrado três meses antes. “Por motivo torpe, completamente repudiável pela sociedade, ele foi com a intenção de matar”, afirmou ao júri.
O advogado assistente de acusação, Dr. Alisson Bueno, destacou que a dinâmica do crime não sustentava a versão do réu, que alegou ter agido após uma discussão. “Para a versão dele ser verdadeira, precisaria ser canhoto. Ele saiu do serviço porque sabia que ela estava sozinha”, argumentou.
A defesa, por sua vez, tentou retirar as qualificadoras, alegando que houve discussão entre o casal e que Camila teria aberto a porta voluntariamente. Também questionou a ausência de provas como exame toxicológico e interceptações telefônicas.
Após o crime, Santos se apresentou à polícia acompanhado de um advogado. Ele confessou ter desferido as facadas, mas afirmou que foram apenas duas. A perícia, no entanto, confirmou seis golpes, sendo três deles considerados letais. Desde então, o réu permaneceu preso preventivamente.
O júri popular foi composto por sete jurados — quatro mulheres e três homens — sorteados entre 25 convocados. Ao final, o Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese da acusação, condenando Santos por homicídio triplamente qualificado.
Se quiser, posso adaptar esse conteúdo para redes sociais ou boletins institucionais. Posso seguir com isso também.
Com informações de Noticiantes/Guaxupé