Publicado terça, 09 de maio de 2023
Com a morte de Orlando Chueiri, 85 anos de idade, ocorrida no último domingo, 7 de maio, sentiu Guaxupé uma de suas grandes perdas, pois com o pranteado extinto desparece um raro exemplo de homem que, pela sua bondade e pela sua simplicidade, marcou seus dias.
Orlando deixa um legado moral dos mais preciosos e a beleza cristã dos seus exemplos e a modéstia sadia de sua vida ficam entre o seu irmão João (Dino Chueiri) e seus sobrinhos que ele tanto amou, numa vivência imperecível, pois a sua vida foi uma inspiração perfeita dos melhores sentimento e uma alta direção para o trabalho e para o amor ao próximo.
Sempre bem humorado, mesmo nas horas mais difíceis manteve ele aquela conduta que o caracterizou e que o tornou um homem forte e otimista, pois para todas as situações tinha ele aquela atitude alegre de homem generoso e satisfeito consigo mesmo.
Teve ele a resignação cristã das almas bem formadas e voltadas para Deus, pois soube suportar os seus sofrimentos com a coragem e com aquela força extraordinária dos que sabem viver na virtude, na prática do bem e na perseverança da fé, e que, por isso mesmo, aceitam cristãmente o sacrifício.
Ele nasceu em Guaxupé a 12 de outubro de 1937, filho do casal de imigrantes sírios libaneses, Roger e Dona Salima Ferreira Chueiri. O casal imigrou para o Brasil em 1912 trazendo consigo o filho primogênito, Felicío Chueiri, o qual se encontrava em tenra idade.
Segundo a tradição da família, os Chueiri vieram para o Brasil fugindo de guerra, além do mais, naqueles tempos, na Síria comentava-se que o Brasil era um país próspero, onde as pessoas tinham oportunidade de trabalho e de formação de fortunas.
Assim que chegou no Brasil, a família permaneceu por cerca de dois meses na capital paulista, porém patrícios aqui radicados convenceram os Chueiri a se transferirem para Guaxupé, local que já era servido pela estrada de ferro e com boas perspectivas de vida.
Aqui chegando, alugaram uma casa de propriedade do saudoso Conde Joaquim Augusto Ribeiro do Valle, localizada na Rua Francisco Vieira do Valle, nº 362, esquina com a Rua da Aparecida, onde a família se instalou. Em um cômodo anexo à residência, Roger instalou a sua oficina de funilaria. Posteriormente a família adquiriu o imóvel, onde nasceram mais oito filhos do casal, sendo Orlando o caçula. Foi nesta casa que ele viveu toda a sua vida.
Orlando era fotógrafo por formação profissional, porém dedicou toda a sua vida profissional a trabalhos diversos na Ótica Jussara. Atualmente ele já se encontrava aposentado, com extensa participação na Faculdade da Terceira Idade. Era solteiro, deixou o irmão João Chueiri, o tão popular Dino Chueiri, com 98 anos de idade, vários sobrinhos e muita saudade.
Seu corpo foi velado no Velório Municipal e sepultado naquele mesmo dia com grande acompanhamento como uma homenagem póstuma do grande círculo de amizades que conquistou em vida.
À família enlutada as condolências do jornal Correio Sudoeste.
Homenagem de Maria Luiza Lemos Brasileiro e de Wilson Ferraz