O que o Evangelho ensina? - Correio Sudoeste - De fato, o melhor Jornal | Guaxupé Mg

Guaxupé, 10 de outubro de 2024


Publicidades

O que o Evangelho ensina?

Publicado quinta, 29 de dezembro de 2022





O Evangelho nos ensina um caminho ético.

O que significa a palavra “Evangelho”?

Evangelho significa Boa Nova, uma boa notícia que foi dada à humanidade por Deus através de Seu Filho, Jesus de Nazaré, o Cristo.

Caminho ético...

Quem é o Caminho? O Caminho é o próprio Jesus. Ele mesmo se definiu assim: “Eu Sou o Caminho.” Por Ele, a Verdade é revelada; através da verdade, o ser humano encontra um aprimoramento de Vida. Caminho, Verdade, Vida. Luz nas consciências. Pão da vida. Alimento espiritual. A Porta das oportunidades e realizações se abre...

Caminho ético...

O que significa a palavra “ética”? Ética significa casa, morada humana. Jesus quis mostrar para a humanidade um caminho diário que nos ensina a cultivar a ética do saber cuidar. Ternura. Cuidar uns dos outros, cuidar da vida. Respeito profundo ao sagrado dom da vida.

Note que a ética é eterna, seus valores são para sempre.

Já a moral, que tem a ver com costumes, hábitos, comportamentos, convenções, ela é circunstancial. Quer dizer, a moral pode ser modificada, alterada, mantida ou aperfeiçoada de tempos em tempos.

Exemplos de princípios morais do passado: Pendurava-se um ser humano pecador num madeiro, e ali o deixava à espera da morte, exposto, para que os corvos lhe furassem os olhos. Apedrejava-se uma mulher até a morte, quando fosse flagrada em pecado. Era ensinado revidar a um mal sofrido, através da lei da equivalente retaliação e por aí vai... Tudo isso já foi considerado moral.

Jesus não ensinou nada disso. Diante dessas monstruosidades, Jesus mostrava que era possível fazer diferente.

Jesus usava então a conhecida expressão: “Eu, porém, lhes digo...”.

Jesus, com sua autoridade de Filho de Deus, criava uma nova moral, fundamentada na ética do amor, ou seja, o que era considerado natural, o que era encarado enquanto violência normal, punição ou perversidade comum a um costume moral, passou a se tornar conduta imoral, violenta, exagerada, abusiva, desnecessária.

Perceba que a ética se sobrepõe à moral. A ética tem maior autoridade. A ética alerta, denuncia, corrige, modifica, transforma, aperfeiçoa, restaura.

Jesus manifesta o seu ensino, o seu mandamento novo, para que pudessem surgir novas relações interpessoais, edificadas no amor. O que antes era moral, em Jesus se torna imoral.

Note que Jesus nunca quis ensinar que o mal deveria ser combatido com maldade. Daí a sofisticação da sua Psicologia, da sua mente extraordinária, do seu coração justo e misericordioso que transcendia qualquer moral humana edificada na inconsciência, no primitivismo ou na tolice. Somente sendo Filho de Deus mesmo.

Jesus era ético. Ele não queria que a pessoa boa ficasse escrava da doença do indivíduo maldoso, tão pouco escrava de uma comunidade ou religiosidade perversa.

De um lado estava a moral religiosa, institucional, fabricando culpa, sentimentos de inferioridade e fardos pesados. Do outro lado estava a ética do Reino de Deus ensinada por Jesus.

Compreende a diferença?

Por isso, o discurso mais severo de Jesus foi direcionado aos religiosos institucionalizados, aos doutores da lei e fariseus, chamando-os de hipócritas, sepulcros caiados, raça de víboras, merecedores do inferno.

Foi a Religião quem matou Jesus. Não foi o paganismo romano. O Império foi apenas cúmplice da Religião.

Então, note bem: a ética é a morada da moral.

A ética transcende a moral.

Respire e reflita...

Tudo isso precisa passar pela consciência!

De fato, é preciso ter consciência, dar valor, sentido e significado. Renovar a mente.

O que isso tem a ver com Psicologia? Tudo, tudo a ver.

Em meio às tribulações, às más notícias, ao Diabo, Jesus nos apresenta o Evangelho.

Em meio à confusão, ao labirinto, às perturbações, a Psicologia nos oportuniza o autoconhecimento.

Quando Jesus disse “tudo está consumado” (está pago), esse cumprimento da missão de Jesus deve despertar em nós o sentimento lúcido de respeito, zelo, ternura e gratidão, e não atitudes de inconsciência, deboche, irresponsabilidade e reclamação.

O fato de Jesus ter passado o que passou (morte de Cruz) pelos nossos pecados, não significa que estamos livres para cometer erros, livres para pecar. Não!

É muita cretinice transformar liberdade em libertinagem.

Deus não autoriza ninguém a pecar.

Lembre-se do que Jesus disse àquela mulher que seria apedrejada: “Vai e não volte a pecar.”

Notou a orientação? NÃO VOLTE A PECAR.

Jesus perdoa, mas também corrige, orienta, direciona, ordena.

A consciência sensível, inteligente e profunda do amor infinito de Deus por nós, manifestado em sua revelação máxima na pessoa de Jesus Cristo, invariavelmente desperta em nós o sentimento de gratidão.

A gratidão nos conduz, naturalmente, espontaneamente, a viver uma vida sóbria, sem pecado.

Somente os tolos, os assoberbados e os condutopatas caminham na contramão da civilização.

Cabe às pessoas do bem não ficarem doentes da doença dos insanos.

Cabe aos que promovem a paz não assimilarem a perversidade.

Poderemos fazer de 2023 um ano de maior felicidade?

 

Rodrigo Fernando Ribeiro

Psicólogo – CRP-04/26033


COLUNISTA
Rodrigo Fernando Ribeiro
Psicólogo - CRP-04/26033
(Contato: 35 9 8875-5030)


Mais Artigos


Publicidades

Correio Sudoeste - Todos os Direitos Reservados - Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo sem autorização prévia

Desenvolvido por Paulo Cesar