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Guaxupé, 18 de abril de 2024


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Na Câmara Municipal, indicação sobre terreno para cooperativa de transporte causa ‘climão’ entre vereadores

Publicado sexta, 17 de junho de 2022





Até mesmo pelo fato de não constar da pauta nenhum projeto de lei de relevância, a 9ª sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada na última segunda-feira, 13 de junho, transcorreu num clima morno.

Em virtude de viagem do presidente daquela Casa, vereador Zettinho, os trabalhos foram presididos pelo vice, Léo Moraes. Por motivo de saúde, também deixaram de comparecer: Ademir Stamponi, Didinho e Marco Aurélio Sarrassini. Portanto, dos 13 vereadores, apenas nove participaram da sessão e durante os trabalhos quatro dos que estavam presentes se ausentaram do plenário, sendo a sessão conduzida por um longo tempo com apenas cinco vereadores.  

Iniciada a sessão, o presidente em exercício determinou que fosse lida uma correspondência da Cootrans, uma cooperativa de transportadores de cargas com sede em Guaxupé, que vem reivindicando um terreno para estacionamento de veículos de carga na cidade.

Segundo Léo Moraes tanto a cooperativa como a associação dos transportadores autônomos de cargas ainda dependiam de regularização de documentos, o que impedia o poder público de ceder o comodato de área para instalação de um pátio para estacionamento destes veículos, porém estas deficiências já estão sendo solucionadas.

Durante o Grande Expediente, o vereador Gustavo Vinícius criticou a empresa de Transporte Urbano sobre atraso em horários, que solicitou o itinerário dos bairros e que não foi respondido, e que vem presando um serviço muito ruim para a população da cidade. Ele sugeriu que a empresa seja cobrada para melhorar o deixar o serviço, e que não continue a atrapalhar os usuários. Em certo momento ele se referiu ao vereador Léo Moraes que tempos atrás elogiou o serviço.

Sobre a indicação que apresentou, referente a disponibilização ou permissão de uso de um pátio para estacionamento e parada de caminhões na cidade, Gustavo disse que vem acompanhando há tempos esta situação, desde 2014. Neste período, durante 8 anos, ele disse que nada foi feito a respeito e que fez a indicação depois de ter entrado em contato com a Cootrans, em 2021, onde ‘mostrou’ um terreno da qual acharam interessante. Ele se disse surpreso que depois de tanto tempo, agora que começou a ‘correr’ atrás como vereador, que o problema será resolvido. Ou seja, que o vereador Léo Moraes teve um mandato inteiro de 4 anos para tentar atender o pedido e não o fez. “Mesmo assim estou satisfeito em saber que está em andamento. Precisamos de prometer e fazer. Fazer política pública de verdade. Passaram 5 anos de mandato e nada foi feito. E agora que comecei a ir atrás, será feito. Deus abençoe que dê tudo certo e que corra tudo bem”.

Já em sua fala, Léo Moraes alegou que nunca teria dito que o serviço do transporte urbano seria bom e que reconhecia as deficiências do mesmo. Disse ainda que a atual situação econômica por que passa o país e a baixa demanda de passageiros em Guaxupé vem caindo a cada dia, mais o custo do óleo diesel a quase R$ 7,00 o litro, além da elevação de custo de operação, está inviabilizando a continuidade da prestação de transporte coletivo urbano nas cidades do interior. “Minha preocupação é de a empresa parar de realizar o serviço como em Passos e em Poços de Caldas, onde a empresa não quis participar de licitação. Tudo isso causou ainda mais transtorno aos usuários”, informou. Lembrou que em 2018 foram queimados 6 ônibus na garagem da Tuga e mesmo assim continuou com os serviços. A empresa merece esse reconhecimento de não ser tão cobrada.

Sobre a Cootrans, Léo Moraes disse que fez parte da diretoria que colaborou na reativação da empresa e que vem há tempos indo atrás para a solução, e que a documentação é que demorou para finalmente conseguirem a liberação para escolherem um terreno para instalação.

Dando uma resposta direta, Léo Moraes disse que não é de ficar ‘aparecendo’ em redes sociais como o vereador Gustavo Vinícius e que trabalha quieto. “Não fico aparecendo em fotografia mas apareço nos bairros”.

O vereador Gustavo tentou responder mas foi impedido por Léo Moraes, que solicitou que o microfone do mesmo fosse desligado e continuou com sua fala: “O senhor toma cuidado porque está parecendo um ‘vereador Covid’, gosta de estar onde a população está e tirar foto. Onde tem multidão você gosta de estar no meio. Cuidado para não fazer politicagem em redes sociais mas sim agir e trabalhar, que é nosso dever”.

Finalizando, Léo Moraes disse que devem impedir de que aquela Casa volte a ser tratada como ‘circo’ e evitar discussões entre os colegas vereadores.

Copasa

No grande expediente o vereador Paulo Rogério declarou: “temos que pegar pesado contra a Copasa, o que ela tem feito é um desrespeito para com a população, ela não cumpre a lei, está esburacando a cidade, danificando o pavimento das vias públicas”. No entendimento do vereador o Ministério Público e o Poder Judiciário precisam intervir, fazendo com que a estatal cumpra a legislação, respeitando o interesse público.

Exercício financeiro de 2020

Em virtude de parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade de votos dos vereadores presentes naquela sessão a prestação de contas da administração municipal referente ao exercício financeiro de 2020.

Tribuna Popular

No final daquela sessão o ex-vereador, Francis Osmar da Silva, fez uso da tribuna popular. Ele denunciou que em vários bairros da cidade existem terrenos sujos e abandonados, além da grande quantidade de cachorros e gatos abandonados. Disse que ele já foi multado por não ter feito calçada na área fronteiriça de imóvel de sua propriedade. No entendimento dele, na atualidade, supostamente, estaria havendo deficiência na fiscalização da Prefeitura.

Segundo Francis, a iluminação noturna dos bairros Jardim Aeroporto e Residencial Planalto seria deficiente, com muitas lâmpadas “queimadas” e de baixa potência.

Finalmente, ele denunciou que a municipalidade teria gasto, nos últimos 18 meses, com a operação tapa buraco o equivalente ao que foi gasto nos quatro anos da administração passada, porém ele deixou de mencionar os índices de inflação no período.




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