Publicado terça, 14 de junho de 2022
A busca pela expressão “teste Covid” vive um crescimento repentino e acelerado no Google, fator que indica um possível aumento dos casos de Covid-19 e doenças respiratórias nas últimas semanas no Brasil. O motivo, provavelmente, é a disseminação da variante Ômicron do coronavírus, que demonstra uma capacidade maior de contágio do que as outras cepas. No entanto, graças às vacinas, o número de mortes por Covid-19 segue controlado e não acompanha o de novos casos. Mesmo assim, pessoas imunizadas, apesar de terem uma chance menor de desenvolver a versão grave da doença, ainda podem apresentar sintomas mais leves, que causam desconforto e preocupação.
PCR e antígeno: entenda a diferença entre os testes de Covid-19
Ao procurar por um teste de Covid-19, as pessoas costumam se deparar com as duas principais opções: o PCR e o antígeno. Logo após, vem uma série de dúvidas. Afinal, qual é o mais eficaz? Qual fica pronto mais rápido? Qual é o mais indicado para o meu caso? Para responder essas e outras perguntas, conversamos com o infectologista Bernardo Almeida.
“Ambos identificam partes do vírus. O antígeno identifica uma proteína, enquanto o PCR, o material genético. A diferença principal é que o PCR persiste positivo por um tempo mais longo, mesmo passado o período de transmissibilidade de sete a 10 dias, enquanto o antígeno identifica o indivíduo com infecção no período de transmissibilidade”, explica.
Ou seja, se você teve Covid nos últimos dias, mas já está recuperado e ultrapassou o período de maior transmissão do vírus – de sete a 10 dias – é possível que, ao realizar um teste de PCR, o resultado ainda seja positivo.
Já o teste antígeno tem características diferentes. “É um exame mais barato e facilmente escalável, pois não depende de equipe técnica especializada e grandes equipamentos, itens necessários para o PCR. O tempo de resultado de um teste de antígeno é de 15 minutos, enquanto o PCR demora entre 24h e 48h na maioria das situações, chegando a mais de 72h em locais mais distantes”, completa Almeida.
Fonte: Metrópoles