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Guaxupé, 24 de abril de 2024


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FALECIMENTO DE DR. JOÃO GABRIEL ISAAC

Publicado terça, 13 de abril de 2021





Com a morte do Dr. João Gabriel Isaac, ocorrida nesta terça-feira, 13 de abril, a sociedade guaxupeana perde um de seus expoentes que sempre soube dignificar uma geração pela correção de todos os atos de sua vida. Perdemos nós, seus amigos, um valor de alto gabarito moral e intelectual que nunca deixou de maneira simples, humilde e sincera de honrar o meio em que viveu, não só através dos exemplos os mais dignificantes como, ainda, pela sua conduta ilibada e altamente equilibrada. Perde a 57ª Subseção da OAB Guaxupé um valor de excepcional qualidade.

Em vida, ele e a saudosa esposa, Dona Vanda, foram dois lábios rezando a mesma prece num contínuo louvor a Deus pelas mercês com que lhes iluminava o lar bem formado.

Homem do lar, alongou uma tradição de honradez e de piedade cristã que é o solário de sua família e, assim, soube dar aos seus aquela doçura do diálogo manso e bom em que as vozes ressoam do coração marcando atitudes amplas de bondade, de amor e de compreensão.

Pai amoroso, abriu aos filhos o coração e nele os abrigou com aquela serenidade mansa de homem justo que só entendia o bem e pelo bem vivia todos os seus minutos. Assim deu a seus filhos uma formação sólida, ostentando-os na cordura dos gestos e amando-os com a enormidade de sua delicadeza de homem simples e irrepreensivelmente educado.

Dr. João Gabriel foi um cidadão e um advogado que sempre viveu de braços abertos e estendidos para abençoar, para acolher, para ajudar e para amparar, com uma modéstia de homem justo e que só entendia a vida no amor de Deus e do próximo.

A todos ele procurou servir sem reservas. Quantas vezes sobrepôs aos seus interesses as aspirações dos amigos, alunos, e de seus clientes. E quantas outras, fez suas, as aflições dos que lhe procuravam o conselho e a ajuda. E tudo ele fez, sem arrogâncias, mas com a tranquilidade de quem queria servir e consolar por amor.

Como professor e diretor da Academia de Comércio São José imprimiu as suas lições de inteireza de sua vida exemplar. Assim ensinou e amou a juventude com carinho que a sua sensibilidade de homem bom inspirava.

Guaxupé deve aos seus esforços de comerciante, professor e advogado uma parcela de bons serviços que jamais serão esquecidos. Na história desta terra figurará sempre o seu nome e o seu trabalho.

Dr. João Gabriel era descendente de imigrantes sírios libaneses que muito contribuíram para o progresso e desenvolvimento desta região. Por volta de 1956 os irmãos: Antônio, Elias, Jorge, Leno e João instalaram, na esquina da Rua Major Anacleto com a Avenida Dr. João Carlos, uma bem montada agência de tratores Massey Ferguson, de automóveis DKV Vemag, o tradicional posto de venda de combustíveis Santo Antônio, além de uma bem montada oficina de manutenção. Nos empreendimentos da família ele era responsável pela seção de contabilidade.

Foi assíduo leitor e assinante da versão impressa deste jornal, e sempre nos prestigiava com sua honrosa visita.

Atualmente ele era o decano dos advogados de Guaxupé, filiado em 18 de maio de 1972 na 57ª Subseção da OAB, Ordem dos Advogados do Brasil.

Ele recebeu de Deus uma das maiores mercês que a Espiritualidade Maior pode conceder a um ser humano, a de conciliador. Dotado de extrema calma, de uma educação invejável, sempre manteve uma postura serena e tranquila no ambiente muitas vezes trepidante dos tribunais. Assim ele tinha a particularidade de acalmar os ânimos nas discórdias e nas lides forenses. Nos momentos mais difíceis, e que exigem maior sensibilidade, a ação dele era sempre decisiva no respeito mútuo e nos interesses das partes envolvidas, acabando com as discórdias e promovendo a paz.

Esta deveria ser a hora de nos calarmos para que pudéssemos, através do nosso silêncio, ouvirmos somente o pulsar dolorido dos nossos corações; entretanto não seria justo caro mestre que na hora em que pagas o seu tributo à morte e no instante em que a terra generosa de Guaxupé se abre para receber seu corpo inanimado, os teus amigos, discípulos, e companheiros de longa data se silenciassem e não te rendessem, nesta hora extrema, a sua homenagem de estima e de saudade.

Aqui trazemos o nosso adeus. Não são os elogios convencionalistas de após morte. São elas, as nossas palavras, a expressão sincera de estima e admiração de longos anos de convivência.

Ele era filho dos imigrantes sírios libaneses Gabriel Isaac e dona Sarah Isaac, viúvo da saudosa professora Wanda Prósperi Gabriel, falecida em 27 de julho de 2013 e deixa os filhos Marco Antônio e João Carlos e muita saudade.

Seu corpo está sendo velado no Velório Municipal e será sepultado ainda hoje, às 14h00, no Cemitério da Praça da Saudade.

À família enlutada as condolências do jornal Correio Sudoeste.

Homenagem de Maria Luiza Lemos Brasileiro e

de seu marido Wilson Ferraz. 




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