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NOTA DE FALECIMENTO – MARCOS FERRAZ MIRANDA

Publicado terça, 02 de junho de 2020





A cidade de Guaxupé recebeu, com profunda tristeza, na manhã da última segunda-feira, 1º de junho, a notícia do falecimento do engenheiro, empresário, oficial da reserva do Exército Brasileiro e agricultor Marcos Ferraz Miranda, 86 anos, ocorrido na capital paulista.

O seu passamento foi uma dessas ocorrências que chocam e produzem as mais dolorosas repercussões, porque o saudoso extinto não foi apenas um cidadão solícito, humanitário e bom, pois ele foi um homem que se impunha e, portanto, se tornou admirado e estimado pela retidão de caráter, pela agudeza de independência e pela grandeza de coração.

Homem de trabalho, impoluto no seu caráter e nas suas normas de vida, tudo a seu ver se resumindo no bem que se alcança pelo esforço que se emprega e pelo sacrifício que se submete, foi por isso uma expressão de energia e de valor próprio.

Ele era por índole um democrata, um paradigma e um exemplo às gerações, presente e futuras. Quem dele se acercasse encontraria na sua personalidade simples e acolhedora toda a amplitude dos sentimentos bons, todo aquele amor cristão pelo próximo, tal a concepção humana e profunda que tinha da vida.

Homem do lar, alongou uma tradição de honradez e de piedade cristã que é o solário de sua família. Assim, soube dar aos seus aquela doçura do diálogo manso e bom em que as vozes ressoam do coração marcando atitudes amplas de bondade, de amor e de compreensão.

O seu idílio com a esposa amada e bem querida foi constante através da prece em comum, pois foram, em vida, dois lábios rezando a mesma prece num contínuo louvor a Deus pelas mercês com que lhe iluminava o lar bem formado.

Pai amoroso, abriu aos filhos o coração e nele os abrigou com aquela serenidade mansa de homem justo que só entendia o bem e pelo bem vivia todos os seus minutos. Assim deu a seus filhos formação sólida e educação cristã, ostentando-os na cordura dos gestos e amando-os com a enormidade de sua delicadeza de homem simples e irrepreensivelmente educado.

À sua mãe Anita e à sua tia Nair Ferraz dedicou um alento sem limites e alegrou com uma vida exemplar. Às irmãs Marília e Eunice deu o amor melhor que lhe brotava exuberantemente do coração. Enfim, a todos que estiveram no seu lar, envolveu-os com aquela bondade que marcava a presença de Deus na sua vida de homem bom e honesto.

O círculo de amizades que Marcos Miranda conquistou, e que crescia dia a dia, foi uma espiral de afetos.

Arrastado ao leito hospitalar por 12 dias em virtude de insidiosa moléstia que havia de leva-lo do lar, onde era esposo carinhoso e pai amantíssimo e, na sociedade que tanto o presava e queria, jamais se desesperou por isso não se ouviu, de sua boca, um brado de revolta. Havia qualquer coisa de salvo na sua alma resignada e sofredora.

Marcos Ferraz Miranda nasceu em Guaxupé a 6 de dezembro de 1933, filho dos saudosos Mário Miranda e Ana Ferraz Miranda, portanto  neto materno do também saudoso Manoel Gonçalves Ferraz, idealizador da transformação da primitiva Cooperativa de Crédito Agrícola Guaxupé na atual Cooxupé. Era casado com Elça Ferraz, natural de Bastos SP e deixa os filhos Paulo, Elena e Marcos filhos, noras, genro e netos. Seu pai participou de várias diretorias do Clube Guaxupé.

Na sua juventude integrou o “NPOR” Núcleo Preparatório de Oficiais da Reserva, atuando no Batalhão Rodoviário do Exército Brasileiro em várias de frente de trabalho, seja na construção de pontes e ou de rodovias no Estado do Mato Grosso.

Engenheiro civil e eletricista, formado pelo Instituto Mackenzie, Marcos atuou na diretoria de grandes empresas na capital paulista, dentre elas a Refinações de Milho Brasil, porém teve grande atuação como presidente do grupo empresarial Mafersa, Material Ferroviário e Sociedade Anônima, empresas responsáveis pela construção de composições ferroviárias para o Metrô, além de outras empresas de transporte ferroviário.

Com a divisão do patrimônio deixado por Manoel Ferraz, e após aposentar-se, ele retornou à sua terra natal e passou a dedicar-se integralmente às atividades agropecuárias na antiga Fazenda do Bálsamo.

O que ele fez, o que ele conseguiu pelo seu trabalho perseverante, o que ele estimou exercitando o seu sentimento, enfim todas as suas obras em que empregou estoicamente cérebro e coração, avultarão maiores na medida do correr dos tempos.

Hoje ele descansa em paz como um bravo lutador após a refrega. A sua memória será eternizada no coração de todos, pois será reverenciada e cultivada com respeito e carinho.

Em virtude da pandemia que assola o país, e que impossibilitou o translado, seu corpo foi sepultado na manhã do dia seguinte, no mausoléu de seu sogro, Darly Ferraz, na capital de São Paulo.

 

Homenagem dos primos Maria Luiza Lemos Brasileiro e Wilson Ferraz  




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