Publicado quinta, 05 de março de 2020
Na manhã dessa quinta-feira, 5, circulava a infausta e dolorosa notícia do falecimento do engenheiro civil, Carlos Henrique Zavagli, o tão popular e conhecido Caloi, vítima de um violento e fulminante enfarto enquanto dormia em sua residência.
Foi um profundo golpe sofrido não só pela sua família, como também para a sociedade guaxupeana, que sempre viu no pranteado extinto o amigo de todos os instantes, o marido exemplar e o pai afetivo e bom.
Moço ainda, marcando a sua existência com esplêndidas esperanças, Carlos Henrique gozava de grande estima entre a mocidade e mesmo nos círculos econômicos do município pela maneira segura e prudente com que conduzia suas atividades profissionais.
Sob a extensão do pensamento latino, segundo o qual “o homem não só nasce para si, mas também para a Pátria”, encontra-se na vida de Caloi uma personalidade que entendeu os seus deveres cívicos como homem ligado à construção civil com acentuados méritos.
Prestigiado sempre pela estima pública, ele se viu conduzido ao cargo de secretário municipal de Obras e Serviços Públicos nas administrações dos prefeitos Antônio Felipe Zeitune e Luiz Antônio Leite Ribeiro Filho.
Frente à morte de Caloi, bem sentindo tristeza que ela suscita, compreende-se aquela formosa inspiração do estatuário grego entre os braços presos um ao outro. Ainda bem que o cristianismo imprimiu uma divina realidade ao sonho helênico, e a poesia que ela exala, se não nos reconciliamos com a morte, verte ao menos outro bálsamo para as suas incuráveis feridas.
Por isso vem-nos a ilusão de que adormeceu aquele que dimensionou a sua vida nas modéstias e na bondade e dela fez uma constante jornada para o bem e para o progresso e desenvolvimento de Guaxupé. Então acordemos do transe penoso de ver inerte o grande guaxupeano e o bom amigo, a consoladora verdade feita pelo próprio Deus, de que “os que agiram bem caminharão para a ressurreição da vida”.
Foi pois, com grande pesar que a cidade pranteou a sua morte e será com grande respeito que reverenciaremos a sua memória, porque a sua lembrança viverá imortal como a sua bondade.
Carlos Henrique Zavagli era natural de Guaxupé, nasceu em 3 de junho de 1953, filho do saudoso José Zavagli e de Maria Jesuína Coelho Zavagli. Era casado com Marina Gallate Zavagli e deixa os filhos Gustavo e Daniela; os irmãos: Luiz Ricardo, Mário Lúcio, Luciana e Adriana e, muita saudade.
Seu corpo foi velado na Capela do Lar São Vicente de Paula e sepultado naquele mesmo dia, às 17h30, no Cemitério da Praça da Saudade, com grande acompanhamento, como uma homenagem póstuma do grande círculo de amizades que conquistou em vida.
À família enlutada as condolências do jornal Correio Sudoeste.
Homenagem dos historiadores Maria Luiza Lemos Brasileiro e de seu marido Wilson Ferraz