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Falece Benedito Fidelis, um dos grandes impulsionadores da agropecuária

Publicado sábado, 18 de novembro de 2017





Faleceu no último dia 17, Benedito Fidelis, antigo administrador das empresas agropecuárias deixadas pelo saudoso Dr. Isaac Ribeiro Ferreira Leite.

Dito Fidelis, como ele era mais conhecido, em seu alto cargo, foi um dos grandes impulsionadores do progresso e do desenvolvimento das atividades agropecuárias da região.

No século passado, o Major Custódio Ribeiro Ferreira Leite formou uma equipe de trabalho na antiga Fazenda da Barra, com pessoas realmente comprometidas com as atividades agrárias, com lealdade e respeito. Dentre os fiéis colaboradores destacaram-se dois: Benedito Fidelis e Vitor da Luz Martins, este falecido em 25 de setembro de 2011.

Benedito, aos 12 anos de idade já demonstrava uma estrondosa capacidade de trabalho, manifestando a sua inteligência e o interesse pela mecanização agrícola. Foi nestas circunstâncias que se iniciou na aprendizagem da operação de tratores e máquinas agrícolas e de terraplanagem.

Em poucos anos ele já demonstrava ser o profissional seguro e experiente nas atividades de mecanização agrícola.

Aos 17 anos de idade foi enviado para as fazendas deixadas pelo saudoso Conde Ribeiro do Valle, avô da esposa do Dr. Isaac, nos municípios de São Simão e Luiz Antônio, no Estado de São Paulo.

Apesar de ser um jovem, Benedito já demonstrava a sua capacidade administrativa, desta forma passou a administrar aquelas fazendas.

No início da década de 1960, o então administrador da Fazenda Bocaina, o saudoso Waldomiro Cecílio Ribeiro já se encontrava em idade avançada e com problemas de saúde, o que lhe impedia de permanecer à frende da administração da Fazenda. Por outro lado a Cooxupé, sob a presidência do Dr. Isaac já caminhava a passos largos, exigindo quase que dedicação exclusiva de seu presidente.

Foi nestas circunstâncias que Benedito retornou a Guaxupé passando a administrar todo o vasto império de fazendas da Família do Dr. Isaac.

Conhecendo a grande capacidade administrativa e de trabalho, além da inteligência e a lealdade de Benedito, Dr. Isaac delegou amplos e ilimitados poderes ao seu colaborador imediato.

Foi nestas circunstâncias que o novo administrador do grupo empresarial implantou naquelas propriedades agrícolas o uso das modernas técnicas de plantio e produção. Foi o pioneiro na região a usar o sistema de plantio direto de cereais, o plantio de soja, bem como o uso de herbicidas nos tratos culturais das lavouras. Foi de Benedito a iniciativa da utilização da primeira colheitadeira motorizada de cereais na região, o uso de ordenha mecânica na produção de leite.

Apesar de sua humildade, de sua simplicidade e sua fala mansa, Dito Fidelis foi sempre um homem de posições firmes, de decisões sérias e relevantes. Nunca colocou em risco seu trabalho nem o futuro do grupo empresarial que representava em função de um negócio duvidoso. Suas decisões sempre estiveram voltadas ao bem das atividades produtivas, com respeito à preservação do solo e da natureza em geral.

As experiências bem sucedidas nas fazendas administradas por ele, serviram de parâmetros para que cooperados da Cooxupé pudessem tomar decisões seguras no progresso e no desenvolvimento de suas atividades.

Benedito sempre defendeu que criadores de bovinos recriassem os bezerros machos da raça Holandesa ou mestiços, para que a cada ano o produtor rural pudesse vender um lote de bois gordos, garantindo uma fatura que muito pode contribuir em ocasiões de aperto, ou para pagamento de 13º salário de funcionários.

Por ocasião do falecimento do Dr. Isaac, em 29 de julho de 2006, Benedito colocou dois galhos de cafeeiros junto ao corpo do patrão no esquife. Naquela ocasião, Dona Vevinha, esposa do grande guerreiro que partia para a eternidade mencionou: “meu marido leva consigo, neste último momento, o ramo da árvore pela qual ele lutou durante toda a sua vida”.

Seu corpo foi velado na Capela do Lar São Vicente de Paula e sepultado no dia seguinte, às 10h30 no Cemitério da Praça da Saudade, com grande acompanhamento. 

 

                                                                                       Arquivo Maria Luiza Lemos / Wilson Ferraz




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